domingo, 19 de setembro de 2010

CAMISA DA SELEÇÃO BRASILEIRA 100% RECICLADA

 A grande novidade da nova camisa da Seleção Brasileira é o fato de ser ecologicamente correta. O material do uniforme 100% reciclável, e a camisa é confeccionado com tecido feito a partir de garrafas de plástico. A camisa é confeccionada com poliester reciclado. Para cada peça, foram usadas como matéria prima oito garrafas PET, recolhidas de lixões no Japão e em Taiwan. Elas foram lavadas para a retirada de impurezas, tiveram o rótulo removido e foram cortadas em flocos. Esses pequenos pedaços foram derretidos para produzir fios muito finos, que foram convertidos em tecido. Também foram apresentadas as camisas de Holanda, Portugal, Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sérvia e Eslovênia. Todas feitas com a mesma tecnologia ecologicamente correta. Durante a apresentação, foram divulgados os três principais critérios para a confecção do uniforme brasileiro: "performance, orgulho e meio ambiente". (com informações Clicrbs)

chorume

chorume era inicialmente apenas a substância gordurosa expelida pelo tecido adiposo da banha de um animal. Posteriormente, o significado da palavra foi ampliado e passou a significar o líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se encarregam de lixiviar compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente.
O chorume possui alta concentração de DBOI.


Composição do chorume

A composição do chorume pode ser vista na tabela a seguir:
Parâmetro - faixa
pH --- 4,5 – 9,0
Sólidos totais --- 2 000 – 60 000
Matéria orgânica - mg/L
Carbono total --- 30 – 29 000
DBO5 --- 20 – 57 000
DQO --- 140 – 152 000
DBO5/DQO --- 0,02 – 0,80
Nitrogênio orgânico --- 14 – 25 000
Elementos traços inorgânicos - EM mg/L
Arsênico --- 0,01 – 1
Cádmio --- 0,0001 – 0,4
Cromo --- 0,02 – 1,5
Cobalto --- 0,005 – 1,5
Cobre --- 0,005 – 10
Chumbo --- 0,001 – 5
Mercúrio --- 0,00005 – 0,10

A reciclagem do vidro !


O mercado para reciclagem

O Brasil produz em média 890 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando cerca de 45% de matéria-prima reciclada na forma de cacos. Parte deles foi gerado como refugo nas fábricas e parte retornou por meio da coleta.
Os Estados Unidos produziram 10,3 milhões de toneladas em 2000 sendo o segundo material em massa mais reciclado, perdendo apenas para os jornais.
O principal mercado para recipientes de vidros usados é formado pelas vidrarias, que compram o material de sucateiros na forma de cacos ou recebem diretamente de suas campanhas de reciclagem. Além de voltar à produção de embalagens, a sucata pode ser aplicada na composição de asfalto e pavimentação de estradas, construção de sistemas de drenagem contra enchentes, produção de espuma e fibra de vidro, bijuterias e tintas reflexivas.

Quanto é reciclado?

46% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil, somando 390 mil ton/ano. Desse total, 40% é oriundo da indústria de envaze, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, hotéis etc) e 10 % do refugo da indústria.
Nos EUA, o índice de reciclagem gira em torno de 40%, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas. Na Alemanha, o índice de reciclagem em 2001 foi de 87%, correspondendo a 2,6 milhões de toneladas.Índices de reciclagem em outros países: Suíça (92%), Noruega (88%), Finlândia (91%), Bélgica (88%).

 

Conhecendo o material

As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos alimentícios, medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos. Garrafas, potes e frascos superam a metade da produção de vidro do Brasil. Usando em sua formulação areia, calcário, barrilha e feldspato, o vidro é durável, inerte e tem alta taxa de reaproveitamento nas residências.
A metade dos recipientes de vidro fabricados no País é retornável. Além disso, o material é de fácil reciclagem: pode voltar à produção de novas embalagens, substituindo totalmente o produto virgem sem perda de qualidade. A inclusão de caco de vidro no processo normal de fabricação de vidro reduz o gasto com energia e água.
Para cada 10% de caco de vidro na mistura economiza-se 4% da energia necessária para a fusão nos fornos industriais e a redução de 9,5% no consumo de água.

Qual o peso desses resíduos no lixo?

No Brasil, todos os produtos feitos com vidros correspondem em média a 3% dos resíduos urbanos.
E somente as embalagens de vidro correspondem a 1%. Em São Paulo o peso do vidro corresponde a 1,5 % do total do lixo urbano.

Contaminação

Em princípio, os cacos encaminhados para reciclagem não podem conter pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas e vidro plano usado nos automóveis e na construção civil. Por terem composição química diferente, esses tipos de vidro causam trincas e defeitos nas embalagens. No entanto, algumas indústrias de vidro já incorporam percentuais de vidro plano na produção.
Os cacos não devem estar misturados com terra, pedras, cerâmicas e louças :
contaminantes que quando fundidos junto com o vidro, geram microparticulas que deixam a embalagem com menor resistencia. Plástico em excesso pode gerar bolhas e alterar a cor da embalagem. Igual problema se verifica quando há contaminação por metais, como as tampas de cerveja e refrigerante: além de bolhas e manchas, que danifica o forno.


Rígidas Especificações do Material

O vidro deve ser preferencialmente separado por cor para evitar alterações de padrão visual do produto final e agregar valor. Frascos de remédios só podem ser reciclados se coletados separadamente e estiverem descontaminados.

Compostagem

O vidro não é biodegradável e precisa ser separado por processos manuais.

Incineração

O material não é combustível e se funde a 1.500 graus, transformando-se em cinzas. Seu efeito abrasivo pode causar problemas aos fornos e equipamentos de transporte.

Aterro

As embalagens de vidro não são biodegradáveis.


Benefícios econômicos da reciclagem

A reciclagem de papel economiza matéria-prima (celulose).
A reciclagem de 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo, economizando 1,3 kg de matérias-primas (minérios).
A cada 10% de utilização de cacos, há uma economia de 2,9% de energia.
A reciclagem de alumínio economiza 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário.
A reciclagem de lixo orgânico, por meio da compostagem, resulta em adubo de excelente qualidade para a agricultura.
Uma única latinha de alumínio reciclada economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas .

Benefícios ambientais da reciclagem

50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore de 7 anos.
Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2 de monocultura de eucalipto.
Uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e 1.200 litros de óleo combustível.
A reciclagem de vidro diminui a emissão de gases poluidores pelas fábricas.
A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente, pois o material é muito resistente a radiações, calor, ar e água.
A cada quilo de alumínio reciclado, 5 kg de bauxita (minério com que se produz o alumínio) são poupados.
A reciclagem de vidro aumenta a vida útil dos aterros sanitários e poupa a extração de minérios como areia, barrilha, calcário, feldspato etc

Benefícios sociais da reciclagem

A reciclagem contribui para a diminuição do volume de lixo: o Brasil produz atualmente 240 mil toneladas de lixo por dia.
Recoloca no ciclo de produção um material que pode contaminar o solo, a água e o ar.
Dá a destinação correta ao produto que, caso contrário, é muitas vezes acumulado em infectos lixões.
A reciclagem de papel gera milhares de empregos: dos catadores de papel aos empregados em empresas de intermediação e recicladoras. 
O Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem) fornece manuais e cartilhas que orientam como montar um programa de coleta seletiva.
A reciclagem de plástico no Brasil gera cerca de 20 mil empregos diretos em 300 indústrias de reciclagem.
No Brasil, estima-se que 100 mil pessoas vivam exclusivamente de coletar latas de alumínio para reciclagem, conseguindo um rendimento mensal, cada uma, de três salários mínimos. 

A reciclagem

Embora a reciclagem apresente muitas vantagens, a decisão de reciclar um determinado resíduo deve ser precedida de um estudo de viabilidade econômica, que deve considerar os seguintes aspectos principais:
• Proximidade do local de geração em relação ao de recuperação do resíduo;

• Volume de resíduo gerado disponível para a reciclagem;

• Custo das etapas de preparo do resíduo antes do processamento, incluindo a coleta, transporte, separação, lavagem e armazenamento;

• Existência de demanda para o produto resultante da reciclagem;

• Existência de tecnologia (processo) para transformação do resíduo;

• Custo do processamento e transformação do resíduo em um novo produto, sem prejuízo de suas características e aplicabilidade.



 

aterro controlado



É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.
Esta forma de disposição produz, em geral, poluição localizada, pois similarmente ao aterro sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases gerados. Este método é preferível ao lixão, mas, devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de operação, a qualidade é inferior ao aterro sanitário.
Na fase de operação, realiza-se uma impermeabilização do local, de modo a minimizar riscos de poluição, e a proveniência dos resíduos é devidamente controlada. O biogás é extraído e as águas lixiviantes são tratadas. A deposição faz-se por células que uma vez preenchidas são devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos resíduos faz-se diariamente. Uma vez esgotado o tempo de vida útil do aterro, este é selado, efetuando-se o recobrimento da massa de resíduos com uma camada de terras com 1,0 a 1,5 metros de espessura. Posteriormente, a área pode ser utilizada para ocupações "leves" (zonas verdes, campos de jogos, etc.).
O aterro controlado não é considerado uma forma adequada de disposição de resíduos porque os problemas ambientais de contaminação da água, do ar e do solo não são evitados, já que não são utilizados todos os recursos de engenharia e saneamento que evitariam a contaminação do ambiente.
No entanto, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada e saída de pessoas.

aterro sanitario



Aterro sanitário é uma espécie de depósito onde são descartados resíduos sólidos (lixo) provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções. Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos nos aterros sanitários plásticos, vidros, metais e papéis.
Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes das cidades. Isto ocorre em função do mal cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.
Os aterros sanitários são importantes, pois solucionam parte dos problemas causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades. 


Lixão

Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É o meio que mais causa danos ao homem e ao meio ambiente e - pasmem! - é o mais usado no Brasil!
Mais de 90% do lixo em todo o país é jogados ao ar livre. Essa lixarada toda traz vários problemas. Primeiro, junta bichos que podem causar doenças e até epidemias, como ratos, baratas, moscas e mosquitos. Depois, causa um cheiro absolutamente nojento, que maltrata tanto a população quanto o turismo, se for uma cidade que vive disso.
Muito grave também é o fato de que a decomposição do lixo gera o chorume, um líquido que contamina o solo, o ar e os recursos naturais de água. Ou seja, as populações mais ou menos perto dos lixões podem estar bebendo e usando água contaminada, sem saber!
Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa ou empresa que não raciocina muito bem pode jogar ali resíduos perigosos, como lixo hospitalar, produtos radioativos ou muito tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial.
O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se contaminam com doenças variadas!) e animais domésticos, que comem aqueles restos.